Postagens

Mostrando postagens de 2012

Puta comigo mesma.

O que tenho feito a mim mesma? Toda a esperança de uma mente sã em um dia ensolarado se escondem cada vez mais a cada segundo. E dói, e arde, e machuca. Esse vazio que me corrói por dentro, não passa de mais uma fase. Vai passar, vai passar, eu sei. Mas por enquanto ainda está aqui. Não sei exatamente o que procuro, mas talvez acho que o que eu realmente preciso é um motivo para procurar. Enquanto tudo acontece lá fora, em meu quarto escuro e frio, eu deito e tento me conformar. Ninguém se importa, afinal. Dias de semana, finais de semana. Qual a diferença? Não, cara, para com essa porra! Você não está entendendo! A única coisa que me deu alguma vontade de viver nesse tempo todo é também a única coisa que tem o poder de me arrasar nessa merda. Enquanto tudo passa, eu fico. E as coisas boas vão embora. E as ruins também. E o que sobra? Seria nada. Deveria ser. E mesmo assim o que sobra sou eu. Um erro ou simples falta de planejamento? Eu já não sei mais. Eu não quero ficar aqui para sem...

Høsten min.

Mais de um ano sem inverno e finalmente posso ver os primeiros sinais de sua chegada. Devo admitir que isso me assusta. Frio, temperaturas negativas, o que pode acontecer com o humor, o provável desânimo coletivo. Inúmeros medos. Só que existe uma pequena parte em mim que ainda possui alguma esperança. De que tudo estará bem, de que nada vai realmente me deprimir, de que o inverno será apenas uma estação fria. Mas mesmo que a esperança dure até o final do inverno, não há como dizer que eu possa durar. Shit happens.

Comunicação

Eis uma coisa que vem me fascinado desde que cheguei aqui. A capacidade dos seres de se comunicarem. Não estou falando de línguas, estou falando num geral. Quer dizer, você não fala a língua felina, e mesmo assim se comunica com seu gato, certo? Mesmo que você não entenda o que ele queira dizer com "miau", de um jeito ou de outro, o gato vai conseguir te fazer entender o que ele quer. O mesmo acontece com as pessoas. E toda essa ideia veio à tona nessa primeira semana de curso. As aulas são completamente em norueguês e os professores só usam inglês para tirar uma dúvida, ou quando realmente não tem outro jeito. E por incrível que pareça, eu entendo. Não, eu não vou dizer que sei o que eles ficam falando lá na frente, porque eu realmente não sei. Mas eu sei o que eles querem expressar, eu entendo o que eles querem que eu entenda . Então as palavras passam a parecer uma máscara para a mensagem. E essa ideia... É simplesmente linda.

Untitled.

Fuck alle som har gode venner og familie. Fuck alle som har livet foran seg og drømmer om å bli noe annet. Fuck alle som syns synd på deg, og alle som ikke skjønner en dritt. Alle rasshøl som tror det er noe som helst å glede seg over. Fuck dem, fuck deg og fuck meg! ─ Kunsten å tenke Negativt. Óbviamente, não espero comentários nesse post. Clique aqui para um conteúdo mais interessante.

It's been hell...

Foi só um sonho. E por que isso continua a me atormentar desse jeito? Quanto tempo mais eu consigo suportar antes de dar um basta? Eu sei que sonhos são apenas choros do subconsciente. Mas mesmo assim, atravessou para o consciente. E isso dói. Dói demais. Me perguntaram cinco coisas que me fascinam na Noruega, e três que me decepcionaram. Se você tiver interesse em saber, respondi aqui .

Norskkurs

Em duas ou três semanas devo começar meu curso de norueguês, e assim começar a estudar decentemente, e assim ter uma rotina produtiva depois de 8 meses fazendo porra nenhuma. Eu to feliz demais por isso. Ciao. <3

prrrr

Mamãe disse que sente que eu estou deprimida. O foda mesmo é que ela tá certa. Mãe é um bicho do capeta, né.

Oslo, Norge. 15. mai 2012. kl 02:30

Eu tento, mas dói. Eu poderia evitar tudo isso, ou ter feito ainda mais. Não sei realmente o quanto posso aguentar, ao mesmo tempo que não possuo qualquer ideia do que isso significa. Talvez eu só precise descansar, mas eu não consigo tirar férias de mim mesma. Eu não posso fugir. E por mais que doa, continuo a respirar. E tudo aparenta calmamente vazio, mas na realidade confronto-me com aquilo que temi a minha vida inteira. Aquilo que abandonei diversas vezes. Que evitei por medo de perder. A única esperança. A última que morre. O que resta de mim.

Na tentativa de nada.

E la se levantou com a maior disposição que já teve em sua vida. Ignorando a velha ressaca, caminhou em direção à porta de frente, sem mesmo se importar com o fato de que ainda vestia os pijamas. Sem nem mesmo uma bolsa ou um kit de sobrevivência, de pés descalços, partiu. Partiu para onde quer que fosse. Seguiu o trilho do trem até ele entrar no subsolo. Tomou outra direção, mesmo tendo que passar pelo meio do cemitério. Adentrou um bosque atrás do cemitério e, depois de horas de caminhada, sedenta por água, encontrou uma nascente. Ela não se importava com as bactérias que poderiam estar percorrendo aquele rio, ela precisava matar o que a mataria em algum tempo. Despiu-se. Deixou o sol banhar o seu corpo. Já não sabia mais o próprio nome. Sabia, porém, que isso não era importante. Uma história, um passado... Não importava. E toda a sua existência se resumia àquele momento. Silencioso e aconchegante. Calmo e libertário. Aquele momento... vivo.

De madrugada.

E u acordei e já havia luz entrando pela janela. Maldito verão. Me virei para voltar a dormir, mas percebi um estranho vazio no quarto. Onde estava o armário? Espera, que espaço todo era aquele? Minhas estantes, meus desenhos na parede, simplesmente, do nada, foram embora?! Foi aí que eu lembrei que não estava no meu quarto. Na minha casa. Na minha cidade. No meu Brasil. Eu estava num apartamento no meio de Oslo. E desde que cheguei, essa foi a primeira vez que essa ideia me assustou. E eu sei que se eu não estivesse aqui agora, eu também não estaria em nenhum outro lugar.

O sexista.

    Voltamos para casa. Ele começou a fazer um sermão ridículo. (...)     "É por isso que eu acho que lugar de mulher é na cozinha, pra deixar de ficar por aí fazendo merda no mundo", ele gritou.     "... Enquanto isso vocês fazem guerra." Fechei a porta do quarto.

Believe.

E xistem aquelas questões que ninguém pode realmente responder. E isso só me leva a pensar que, na verdade, nós não estamos vivos. Tu não está aqui, como acha que está. Eu realmente acredito nisso. Mas... Se não estamos aqui, não estamos vivos, se nada é como achamos que é... Por que eu ainda respiro?

Desavbasdfo.

M eu coração tá destroçado e a vontade de sumir é enorme. Ir para algum lugar em que eu não conheça nada, nem ninguém. E isso vai acontecer, já que logo estarei em Oslo. O problema é que ficam atrasando o visto, as passagens etc. E mesmo quando eu estiver lá, eu ainda terei memórias dos tempos daqui. Eu acho que alguns corações partidos simplesmente nunca irão se curar. Enquanto essa tristeza me consome, eu ainda não tenho nada pra fazer da vida, o que aumenta o tédio e consequentemente a vontade de morrer. Pra completar, eu tenho ataques (cada vez mais frequentes) de um intenso desprezo pela raça humana, pelo planeta, pela vida, pela existência em si.  As vezes eu acho que é tudo consequência do fato de que eu nem deveria ter nascido de verdade.

I'm so tired.

E tudo se tornou o que costumava ser. Vazio e tristeza juntos novamente. É como diz aquela música... "Hello, darkness, my old friend" , se você realmente entende o que quero dizer. Estou só. E triste, mesmo que não possa demonstrar isso porque na verdade estou sob efeito de remédios que me fazem me sentir um pouco mais tranquila... Mas isso não muda o fato de que o problema ainda está lá . Então, me diga, eu realmente preciso saber. What's the point of fighting when there's nothing to save?

Oh, you know.

I guess some broken hearts will never heal.